Não sou um entendedor no que respeita a dicionários, muito longe disso, mas penso que pode ser útil partilhar a minha experiência com dicionários de bolso. Neste momento tenho 3 em casa, todos de árabe moderno padrão.
J. M. Cowan (ed.), Arabic-English Dictionary: The Hans Wehr Dictionary of Modern Written Arabic, Spoken Language Services (U.S.A.), 4ª ed., 1994
ISBN: 978-0879500030As palavras em caracteres árabes não têm vocalização, mas como estão todas transcritas para o alfabeto latino, no corpo da definição, o problema acaba por não se colocar. A organização da página é clara, de leitura fácil, embora as letras sejam um pouco pequenas. As entradas são bastante ricas, com fraseologia exemplificativa e indicação de construção sintáctica. Os plurais internos são todos indicados.
É um dicionário incontornável para o estudo aprofundado do árabe moderno padrão, por muitos considerado o melhor em língua inglesa. Ainda que a versão original seja alemã, a edição de referência é a em inglês, bastante melhorada e aumentada, em parte com a colaboração de Wehr, em relação ao original, feito em condições difíceis, durante a II Guerra.
O inconveniente para o iniciante é que está organizado à maneira árabe, não à maneira ocidental. Isto é: a ordenação não é alfabética em absoluto, mas sim por raiz - essas sim, ordenadas alfabeticamente. Quer isto dizer que مدرسة (madrasa - escola) não está na letra م mas na letra د , pois pertence à raiz درس (DRS - aprender). Isto pode tornar a consulta muito difícil, numa primeira fase, pois implica que se tenha algum treino na identificação das raízes das palavras. Mas assim que se vai ganhando essa prática, as dificuldades começam a desaparecer.
ISBN: 1898948208
As palavras em caracteres árabes não têm vocalização, mas como estão todas transcritas para o alfabeto latino, no corpo da definição, o problema acaba por não se colocar. A organização da página é clara, de leitura fácil, embora as letras sejam um pouco pequenas. Apresentam-se os significados mais comuns, com indicações quanto à sintaxe, sempre que necessário. Os plurais internos são todos indicados.
É um dicionário óptimo para iniciantes, embora um pouco limitado para uma utilização mais exigente. Para se ter uma ideia, enquanto o Wehr tem cerca de 1300 páginas, este Awde & Smith não tem mais do 230 (só a secção Árabe - Inglês), tendo até dimensões mais reduzidas. Mas é óptimo para uma utilização menos exigente, e parece-me que com ele se pode ler uma notícia de jornal. Tem duas grandes vantagens que o tornam, em minha opinião, num dicionário óptimo para iniciantes: uma boa secção Inglês - Árabe, e sobretudo o facto de o Árabe estar alfabetizado à maneira ocidental. Isto é: مدرسة (madrasa - escola) não está na letra د mas na letra م , tal como nos dicionários de línguas ocidentais. Isto dispensa um conhecimento aprofundado sobre a constuição dos radicais lexicais, e uma consulta mais rápida. É o dicionário a que costumava recorrer em primeiro lugar, quando pretendia um esclarecimento rápido. Mas acreditem, depois de se começar a ter alguma prática na identificação de raízes, a ordenação árabe (a do Wehr, por exemplo) torna-se-nos mais lógica e eficiente.
É um dicionário óptimo para iniciantes, embora um pouco limitado para uma utilização mais exigente. Para se ter uma ideia, enquanto o Wehr tem cerca de 1300 páginas, este Awde & Smith não tem mais do 230 (só a secção Árabe - Inglês), tendo até dimensões mais reduzidas. Mas é óptimo para uma utilização menos exigente, e parece-me que com ele se pode ler uma notícia de jornal. Tem duas grandes vantagens que o tornam, em minha opinião, num dicionário óptimo para iniciantes: uma boa secção Inglês - Árabe, e sobretudo o facto de o Árabe estar alfabetizado à maneira ocidental. Isto é: مدرسة (madrasa - escola) não está na letra د mas na letra م , tal como nos dicionários de línguas ocidentais. Isto dispensa um conhecimento aprofundado sobre a constuição dos radicais lexicais, e uma consulta mais rápida. É o dicionário a que costumava recorrer em primeiro lugar, quando pretendia um esclarecimento rápido. Mas acreditem, depois de se começar a ter alguma prática na identificação de raízes, a ordenação árabe (a do Wehr, por exemplo) torna-se-nos mais lógica e eficiente.
Maurice G. Kaplanian, Diccionario al-Andalus Español-Árabe Árabe-Español, Ediciones LU, Barcelona, 2004
ISBN: 84-89978-93-XAs palavras em caracteres árabes estão vocalizadas, e além disso apresenta-se a transcrição. A organização da página é confusa, e apenas se apresentam os significados mais comuns, sem exemplos nem fraseologia. Os plurais nunca são indicados, nem a vocalização do imperfeito dos verbos.
Foi o meu primeiro dicionário de Árabe, já não o uso nunca a não ser para consultar a secção Espanhol - Árabe, quando não encontro solução no Awde & Smith. É dos 3 que tenho o mais caro, e claramente o pior. A sua utilidade parece-me bastante limitada pela ausência de indicação dos plurais internos e da vocalização do imperfeito.
Foi o meu primeiro dicionário de Árabe, já não o uso nunca a não ser para consultar a secção Espanhol - Árabe, quando não encontro solução no Awde & Smith. É dos 3 que tenho o mais caro, e claramente o pior. A sua utilidade parece-me bastante limitada pela ausência de indicação dos plurais internos e da vocalização do imperfeito.
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